Era uma vez - é assim que se inicia um conto, não é?- um cara importante que veio para se sobrepor a tudo e a todos. A humanidade se curvou aos seus pés. Por todos os lados se vê alguém de mãos dadas com ele ou até pegando carona nos seus veículos. Em todos os lugares como restaurantes, parques e avenidas, em todos os recintos da casa, trabalhando ou se divertindo, ele está lá! Alguém chama ou acena ele não ouve nem vê. É totalmente absorvido por todos. Se num evento onde se exige atenção ele não for brecado logo de entrada, pode apostar, ninguém vai prestar atenção em nada. Ele não deixa.
Reparei que esse personagem é egocêntrico e narcisista. Não sei explicar porque, mas ele contagia a tal ponto que estou pra ver alguém não gostar dele. Imaginem, até as crianças gostam dele! Também, quem mandou os pais o apresentar aos pequenos. Agora o mal tá feito, ficaram contagiados e sem antídoto para se precaver. Enfim tornou-se o queridinho de todos. É prestativo, para não dizer indispensável. Tem uma memória excepcional e garante todos os esclarecimentos imediatos. É só solicitar que ele está pronto para atender o pedido. Um amigão, esse mandachuva que atende pelo nome de CELULAR.
Tema: O personagem