A pequena rua sem saída ficava bem no centro urbano. As casas harmoniosas davam impressão que estavam num pedacinho de cidade do interior. Ali todos se conheciam, sem contudo invadir a privacidade do outro.
Foi assim que dois adolescentes cresceram nesse lugar, sem se dar conta do tempo que passou. De repente, Gustavo, dono de uma timidez sem tamanho, olhava com uma pontinha de ciúmes sua vizinha Catarina, conversando no portão com um colega de escola. Todos os dias ficava incomodado com aquela intimidade. Era preciso tomar uma atitude, já que pecebeu seu interesse por ela. O que fazer?
Sugestionado por um livro que estava lendo, resolveu presentear sua vizinha todos os dias com uma rosa. Cada dia a rosa era de uma cor. Estava feita a conexão entre eles! Catarina ficava esperando ansiosa pela fresta da janela a hora em que a floricultura entregaria sua rosa. Gustavo esperou aquele interesse se aprofundar, e finalmente se apresentou. Foi emocionante a revelação! Na hora marcada a floricultura fora substituida pelo entregador apaixonado, com uma rosa vermelha nas mãos...
Tema: Aquela fresta na janela.