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Que susto!---BVIW

 

A escola chamava-se Pedro Américo, em homenagem ao grande pintor brasileiro. Todos os anos costumavam levar as crianças do primeiro ano para uma excursão na fazenda pertencente ao diretor da escola. Achavam que aprender costumes rurais na prática reuniria o útil ao agradável.

O casarão da fazenda estilo colonial acomodava bem as vinte crianças monitoradas pela professora e algumas alunas maiores. Como toda criança, a curiosidade pelo desconhecido era fascinante. Naquela fazenda elas aprendiam a plantar, colher, tirar leite da vaca e fazer travessuras .

 

Um grupo pequeno de crianças começou explorar o casarão. Viram uma escadinha sinuosa que levava ao sótão. A curiosidade aguçou as crianças e foi então que, pé ante pé, chegaram até a porta que rangeu ao ser empurrada. Olhos arregalados, respiração descompassada e medo, muito medo. No meio de quinquilharias, um espelho cheio de teias de aranhas e muito pó, lia-se uma frase escrita com batom - Chegou até aqui, não tem volta! Huuuuuuuu!

Viram também um lençol colocado num cabide, imitando um fantasma e a imaginação correu solta. De repente um grito de terror e a porta batendo. As crianças saíram correndo se deparando com os adultos que se assustaram com o grito. Todas falavam ao mesmo tempo, lívidas, com o coração quase na boca tentando explicar o que viram.

 

Tudo voltou ao normal depois da explicação do diretor. Quando criança ele costumava assustar as primas com essas brincadeiras de fantasma. Só não contava com essa repetição logo com seus alunos!

 

 

Tema: O espelho do sotão.

Daisy Zamari
Enviado por Daisy Zamari em 13/06/2023
Alterado em 13/06/2023


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Imagem de cabeçalho: inoc/flickr