O que deveria ser um motivo de alegria, tornou-se uma discussão sem fim.
Filha única de uma família abastada, Laís tinha personalidade forte. Com a proximidade dos seus 15 anos, demonstrou vontade de viajar ao invés de uma grande festa tradicional. A mãe, com um sonho frustado na própria vida, transferiu sua vontade para a filha. Laís achava tudo muito brega e sugeriu transformar esse gasto em doação para os lares dos órfãos que careciam de muitas coisas. A mãe argumentava:
-Filha, podemos fazer a festa e ajudar os orfãos também.
-Mãe, não gosto dessas tradições de princesas, acho tudo muito inútil.
E assim os argumentos foram desfiando-se um a um com explicações bem producentes. A mãe ressaltava a contratação dos profissionais que uma festa necessita como o bufett, as flores, os músicos - todos empregados beneficiados. Laís dizia: "E a minha vontade? Porque tenho que comemorar meus 15 anos com festa, serei eu a única no mundo a não seguir essa tradição?".
A vida de cada um é regida pelo livre arbítrio. Os motivos que nos levam a decidir o que fazer dela, é único e especial.
Com Laís não teve acordo!
Tema: Ambiguidade em cena.