Foram muitos anos de convivência conjugal. Cada um carregando no peito as lembranças da juventude. Até que um deles se viu sozinho. O pensamento voou longe e a solidão trouxe saudades dos velhos tempos, com o mistério da pergunta que não queria calar - "Por onde será que ela anda?".

Li esta semana uma história verdadeira com um casal de idade avançada, ela com 81 e ele com 82 anos. Se conheceram na juventude. O pai da moça foi trabalhar na Europa - Suíça e a filha foi cursar artes. Na escola ela viu um loiro de olhos azuis que encantado com o cabelo preto e curto dela, se apaixonou. Tiveram um namoro de seis meses até a moça voltar para o Brasil. Antes de partir deu a ele um isqueiro com sua foto. O destino os separou. Ela casou 3 vezes, teve três filhos, 8 netos e se divorciou há 14 anos. Ele também ficou casado 40 anos com a mesma mulher, até sua morte. Não tiveram filhos.

Um dia a moça de cabelo preto, agora embranquecido, recebeu uma carta num envelope amarelo. Quase morreu de susto quando constatou ser do seu namorado suíço. Por meio do isqueiro com sua foto, o "rapaz" procurou o consulado brasileiro e conseguiu encontrá-la. Ele assegurou que nunca a esqueceu e a chance de vê-la novamente seria como achar uma garrafa na praia com uma mensagem dentro. Ela ficou comovida e juntos resolveram escrever um livro cujo título seria "A carta amarela". Queriam mostrar que o amor pode tardar, mas chega. O enigma foi desvendado...

Tema: Relações conjugais.
Referência: Veja SP