Penso que ninguém vive sua própria vida quando se tem uma família grande e unida.Sem querer nos envolvemos nos problemas que eventualmente se apresentam a uns e outros.Ficaria mais cômodo seguir o bordão que gerou até uma peça teatral-"Cada um com seus Pobremas",mas como ficar alheio ao sofrimento de um filho ou de um parente querido?O sangue fala mais alto e seguimos juntos para uma solução nem que seja provisória,para amenizar a angústia da espera.

Costuma-se dizer :Tudo passa!Pois é,passa mas demora.É nesse período de espera que entra o conflito do pensamento.Para completar o estado de ânimo,abrimos a janela e deparamos com um dia nublado ,cinza,conspirando contra nosso sofrimento e zombando das nossas incertezas.Procuramos uma saída e ligamos o rádio na esperança apenas de boas canções.De repente a programação nos torna ciente dos fatos arrazadores da situação caótica que se encontra nosso país.Somos interrompidos com idéias radicais que influencia as pessoas ao redor ,e nos deixa inseguros sem perspectivas de um futuro melhor.

É aí que o nosso papel de incentivadora entra em ação.Uma palavra ,um abraço,um convite para um café,uma piada com humor negro,um alerta para a vida-vida que deve ser sempre valorizada.Viver por si só é uma dádiva!Eu respiro,eu tenho todos os meus orgãos funcionando,eu ando,eu corro,gargalho,choro,percebo um irmão que sofre  mais do que eu,encontro na lista de prioridades o calor humano de tudo que envolve a natureza ,até a borboletinha que adentra nosso lar e se instala num cantinho só para nos fazer companhia...
É o sinal que Deus existe e não nos abandona...