Julgamento precipitado
No ano de 2011 escrevi uma crônica aqui no RL ,que tem como título -Médico Robô.Está na pag:13.Hoje volto a escrever uma crônica que fala outra vez de consulta médica ,porém sob outra ótica.
Preocupada com o inchaço dos meus pés ,resolvi consultar um vascular pois depois de muito esforço durante uma deliciosa viagem ao nordeste com uma das minhas netas,fiquei apreensiva.Vai que podia ter um piripaque de repente!Optei por ir num antigo médico que ora não é mais do meu plano de saúde.Há 15 anos atrás ele me operou e fui muito feliz com o resultado.Então,pela confiança,perdi o amor ao dinheiro e paguei a consulta.A consulta levou precisamente 6 minutos!Fiquei sensivelmente decepcionada.Com o pedido de um exame nas mãos,fiquei de voltar assim que tivesse o resultado.Saí do consultório falando sòzinha e para completar debaixo de uma chuva torrencial.
Fiz o exame pedido e voltei lá já meio previnida Depois do médico me tranquilizar sobre o resultado,não me contive e falei:Dr,há alguns anos atrás o sr me operou e me tratou com muita dedicação e simpatia. Voltei aqui hoje pela confiança que lhe tenho.Notei que na consulta o sr não me recebeu como eu esperava.Usou o mínimo de palavras e sinceramente me desapontou.Está tudo bem com o sr?
As vezes precisamos ter coragem de arguir as pessoas na hora que não nos dão a atenção merecida.O que ouvi de volta ,foi um pedido de desculpas e algumas razões que o fizeram não agir bem naquele dia.
O médico em questão se igualou a qualquer um de nós mortais.Estava com sérios problemas em casa e sobrecarregado com a profissão que nem sempre lhe trás o resultado esperado,levando-o ao procedimento extremo,ou seja uma amputação por exemplo.Conversou bastante,lembrou de um presente que lhe dei ( um livro)pelo meu autoestima recobrado,falamos amenidades e na hora de sair levantou-se e nos abraçamos.Precisamos ser diretos para recebermos o que é justo.
Daisy Zamari
Enviado por Daisy Zamari em 24/01/2016