Acho que tenho um fio de vida preso em outros séculos.
Tudo que reporta o passado ,mexe com meu emocional.
Certa vez ,fui convidada para ir à casa da poetisa Maria José Aranha de Resende.Tudo aconteceu depois que escrevi sobre ela no jornal da minha cidade:A Tribuna.Há um espaço gratuito reservado ao leitor,mediante identificação correta.Zezinha tinha uma coluna no jornal.
Tive a honra de receber dela,um telefonema agradecendo o elogio.
Daí começou uma amizade compartilhada de grandes papos,com direito a café com bolo,que eu fazia questão de levar para ela.
A casa da Zèzinha tinha objetos e móveis antigos de muito bom gosto .
Um deles,com tampo de mármore,me fazia lembrar da casa dos meus pais.
Tive a sensação de já ter estado lá.Acho que é por isso ,que o verso dela que mais me cativa chama-se Saudade Estranha.
Se alguém tiver curiosidade sobre essa conterrânea famosa da minha Santos,e quiser conhecer os versos e prosa que ela nos deixou ,é só pesquisar.

Voltando ao fascínio que tenho por coisas antigas,estou adorando a nova novela das 18horas Lado a Lado.Tudo me encanta!
As roupas com rendas,os móveis,as xícaras de porcelana,os objetos de arte,o porte dos cavalheiros e damas enfim tudo,tudo que me faz pensar que a cada capítulo ,viajo até onde meu espírito me faz crer,que estou de volta ao lugar que nunca estive.
Para terem uma idéia,chego a suspirar diante de tanta evidência.

Peço licença a minha querida amiga que ora habita o outro plano,para encerrar esta crônica com o final do seu verso:
Saudade estranha
de mim mesma,
daquela que talvez eu deveria ser...
mas que não sou!