Incrível a sensação gostosa que sentimos quando remexemos nos livros que lemos há tanto tempo atrás.
Em 2001 Terezinha Tagé ,uma grande amiga professora da Usp,me deu um livro da Clarice Lispector- "A Hora da Estrela".
Lembro que ela me pediu para dar minha impressão a respeito dessa obra.
Encontrei dentro do livro a seguinte anotação:
-Clarice Lispector consegue descrever com palavras a "confusão" mental que todos os seres humanos sofrem quando estão tentando organizar seus pensamentos,para poder seguir seus dias vivendo uma coisa de cada vez.Na ânsia de descrever seus pensamentos ela consegue prender o leitor com a curiosidade.Quer dizer,mas não diz!
Assim vamos acompanhando seus relatos com batimento cardíaco alterado pela ansiedade.
Quantas verdades incontidas temos?Que maravilhosa capacidade de exprimir o incógnito de todos nós teve essa mulher talentosa!
Fiquei completamente envolvida nas suas observações profundas que nos leva a refletir um pouco mais sobre :o que é viver realmente?
"A vida é um sôco no estomâgo".Apesar desta reflexão todos nós lutamos até o fim pelo sôpro da vida.Melhor mesmo é não pensar na morte.Deixar que os dias que nos estão reservados sejam plenos em boas atitudes para sentirmos o gosto de felicidade nas coisas mais simples.Só assim aceitaremos o fato da vida continuar após a morte...
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Foi uma delícia reler tudo isso.
Também folheei o livro "Água Viva" onde assinalei com parênteses os trechos que mais me impressionaram:páginas 62,63,64,74,e75.